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Por outras redes sociais

  • por Eliza Rodrigues
  • 20 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Eu realmente gosto de ficção científica, a ciência em si, é o exercício da criatividade, a ficção dá certas liberdades poéticas à narrativa, até mesmo para se aproximar do público, que em geral, é ensinado (ou “desensinado”) a não possuir afeições pela ciência, como a conhecemos. Einstein disse que mais importante do que conhecimento é criatividade. Faz todo sentido, propor soluções para problemas, antes tidos como insolúveis, precisa de método, mas o método é um meio sem efeitos se não houver a proposição de caminhos pela imaginação.


Muitas das tecnologias que usamos, displicentemente, hoje, já foram ficção no passado, imagine se um grego antigo fosse transportado para os dias atuais...Coisas nunca sonhadas aconteceram. Bom, mas este texto não é uma ode à ciência. Nem ao método.


Existe um conceito interessante na ficção científica, que realmente chama a atenção: a tal “consciência coletiva”. No cinema, ela é tida como um processo biológico através do qual seres compartilhariam a consciência, conectados por uma rede bioquímica. E, nós, que nem sabemos – ainda - como a consciência funciona, não sabemos sua origem. É uma das grandes perguntas da humanidade.

Deixando as proposições da ficção, nós seres humanos, existimos e sabemos que existimos, mais ainda, sabemos que não estamos sozinhos. “O homem é um animal racional e social”, todos aprendemos isso nos primeiros anos da escola. Contudo, no auge da inovação tecnológica, da “proximidade” promovida pela internet, o distanciamento do outro é o que mais cresce. E da pior forma, porque ao fim do processo, nós super-humanizamos a nós mesmos e desumanizamos o outro com tremenda facilidade. E o que isso tem a ver com consciência?


Falando do Brasil, muitas questões poderiam ser levantadas, no entanto, chamarei a atenção apenas para o fato de que se nós, como nação, cultivamos, historicamente, o desapreço pelo nosso país, nós também cultivamos o desapreço pelas pessoas que aqui vivem.


Essas relações online empobrecidas extrapolam as redes e são potencializadas no mundo físico. Muito se louva a globalização e o encurtamento das distâncias, mas me pergunto, se um pouco mais de contato com as nossas comunidades não poderiam de fato, transformar nossas cidades e nosso país. Ter consciência de si e também do outro, enxergar o outro, na vida, no mundo "real". Construir e exercitar uma “consciência social coletiva”, ela não será dada pela natureza como na ficção. Vamos refletir sobre isso, de modo que no futuro saibamos dizer quem somos e de onde viemos, mas, principalmente, aonde queremos chegar como indivíduos e nação.



 
 
 

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